Sempre me fiz essa pergunta: qual o meu
objetivo com tudo isso?
Fama?! Não, creio que ser famoso nunca
foi algo que almejei tanto na vida, nunca fui famoso e sempre tive uma vida
boa. Por que hei de querer ter agora? O objetivo de um escritor não deveria ser
a fama. Claro, nada de mal ela faz, no entanto a ganância sobe a cabeça e
prejudica o caráter em muitos, dependendo da pessoa. Fama não é e nunca foi meu
ponto principal, até porque o holofote não combina comigo. E convenhamos, nem
sabemos se nossa obra será publicada, mas como tenho otimismo o suficiente,
acredito que sim. Pode ser contraditório, mas otimismo só não basta, tem que
ser realmente bom.
Dinheiro?! Aqui no Brasil se você tem o
sonho de ganhar dinheiro por suas obras e viver disso, aconselho que nunca
comente com outro escritor mais famoso, pois ele irá rir achando que é piada e
vai perguntar quantas obras já tem publicada em seu nome, se nenhuma, você está
muito atrasado para viver disso. Desculpe por ser rude, mas ganhar dinheiro com
livro aqui no Brasil é extremamente difícil. Nós escritores (por mais que
sejamos aspirantes e um mero novato) somos poucos valorizados pelo que fazemos.
Para viver disso só quando a velhice já estiver à porta nos esperando e nossas
obras serem bem conhecidas. Claro, tem as poucas exceções em que uma obra vira
sucesso da noite para o dia e o escritor ganha algo bem considerável, mas ai a
obra tem que ser muito boa entre alguns outros fatores. Então a pergunta já
está respondida, dinheiro também não é o foco, não quer dizer que eu esteja
rejeitando, dinheiro que vier estou aceitando, mas não espero aquela fortuna
vindo para mim na primeira obra que crio, ficarei contente de pelos menos
receber pela criação que fiz, pois na velhice quero sim viver de minhas obras.
Que meu livro vire um filme?! Para eu
querer que minha obra vire um filme, meu objetivo iria subconscientemente acarretar
os dois à cima, e a possibilidade de uma obra literária virar um filme é muito
difícil, ainda mais alguém desconhecido como eu. Obviamente seria muito bacana
ver as palavras se transformarem em ações nos telões, mas se eu quisesse fazer
um filme, eu escreveria um roteiro, não um livro.
Eu pensei muito sobre essa pergunta e a
poucos dias me respondi e agora compartilho com vocês.
Eu sempre gostei de ler, desde criança
fascinado pelas histórias nos gibis, principalmente Turma da Mônica que era o meu favorito. Ler virou um dos meus
hobbys quando era mais novo e a leitura me levava a um lugar que eu queria
estar, um lugar sonhava poder viver, onde a magia existia, onde a fantasia era
real, pelo menos na minha imaginação.
E agora eu escrevo, junto com meu amigo,
para dar esse tipo de fantasia á outras pessoas, compartilhando minha fantasia
com eles, onde certas coisas existem porque eu quero.
Eu escrevo porque gosto e me divirto
escrevendo minha história. Enquanto escrevo ao mesmo tempo leio algo que eu
criei e isso me agrada de uma maneira descomunal, mas o maior prazer para mim
seria entrar no ônibus e ver alguém lendo meu livro, gostando ou não, mas
prefiro que esteja gostando. Meu prazer em escrever é ver que as pessoas estão
lendo e que futuramente possam ler outras obras minhas, que vivam um pouco do
meu mundo.
Por mais que não gostem e me reconheçam
na rua e falem que meu livro é horrível eu vou responder “Obrigado por ter
lido!”, lógico que ficarei abalado, mas isso é o de menos, dependendo do que
aquela pessoa disser, no próximo livro poderei fazer melhor.
Nós terminamos nossa obra (eu e o
Gabriel) e em breve estaremos encaminhando para as editoras. Espero que alguma
delas aceite, e por mais que não seja aceito não se pode desistir, lembre-se
que J. K. Rowling foi rejeitada por
várias editoras diferentes.
Para futuros escritores como nós, espero
que tenham um objetivo como o nosso. Não tentem almejar demais para não dar com
a cara no chão na primeira rejeição que tiverem e logo após desistir dessa
maravilhosa carreira por uma simples bobagem como essa e também não almejem de
menos achando que nunca vão conseguir nada mesmo, além de não fazer bem se você
não acredite em si mesmo, no que você acredita?
A vida sempre foi e sempre será a base da
tentativa e erro, e assim vai ser em tudo que fizermos, podemos acertar na
primeira? Sim, podemos. Mas se não, tente outra vez, temos tempo de sobra na
vida para isso.
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